Os cidadãos da fé e raça ferraondeeugosto tiveram que se refugiar no quilombo de Itapemirim, novamente. Já cansados dos costumes locais – segurar na vara, se jogar na rede, ver os nativos arrancando a cabeça e comendo a bunda (dos peixes) e fazer artesanato – os ferraondeeugosto queriam retomar a boa vida de antes.
O anseio coletivo era voltar para a terra natal – Cachoeiro. Mas, o retorno só poderia acontecer se o líder maior, Zumbiodorico dos Ferraços, governasse o local. Não houve prudência. Os ferraondeeugosto acreditaram na vitória e já foram abandonando as varas, redes, tangas e outros apetrechos; querendo tomar a cidade no tapinha.
Cabe uma pequena observação. Os ferraondeeugosto conseguiam sobreviver em Itapemirim, porque lá é uma região dominada pela Norma Uga Uga Yub, fêmea de Zumbiodorico.
Já era possível enxergar a vida moderna e endinheirada que lhe foi tomada. Matar boi, jogar massa entre tijolos, fazer festas e campeonatos, pintar o chão de preto, brincar de médico, e louvar o salve salve Zumbiodorico.
Estavam todos contando os dias. Até que Zumbiodorico caiu de quatro. E ficou de quatro. Temendo o trabalho pesado, ético e justo, os ferraondeeugosto pularam no rio Itapemirim e nadaram até o quilombo de Itapemirim, onde assumiram, de vez, seus costumes indefinidos por Freud.
Em Cachoeiro, a população local já deu um chute nessa buzanfa de Zumbiodorico e seus seguidores. Para o azar geral, resta apenas o mar querer de volta o que é dele também. Aí, haja ferro.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
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